quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Dia Internacional da Mulher



Dia Internacional da Mulher, celebrado a 8 de Março, tem como origem as manifestações das mulheres russas por "Pão e Paz" - por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada do seu paísna Primeira Guerra Mundial. Essas manifestações marcaram o início daRevolução de 1917. Entretanto a ideia de celebrar um dia da mulher já havia surgido desde os primeiros anos do século XX, nosEstados Unidos e na Europa, no contexto das lutas de mulheres por melhores condições de vida e trabalho, bem como pelo direito de voto.
No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado no início do século, até adécada de 1920.
Na antiga União Soviética, durante o stalinismo, o Dia Internacional da Mulher tornou-se elemento de propaganda partidária.
Nos países ocidentais, a data foi esquecida por longo tempo e somente recuperada pelomovimento feminista, já na década de 1960. Na atualidade, a celebração do Dia Internacional da Mulher perdeu parcialmente o seu sentido original, adquirindo um caráter festivo e comercial. Nessa data, os empregadores, sem certamente pretender evocar o espírito das operárias grevistas do 8 de março de 1917, costumam distribuir rosas vermelhas ou pequenos mimos entre suas empregadas.
1975 foi designado pela ONU como o Ano Internacional da Mulhere, em Dezembro de1977, o Dia Internacional da Mulher foi adotado pelas Nações Unidas, para lembrar as conquistas sociais, políticas e económicas das mulheres, mas também a discriminação e a violência a que muitas delas ainda são submetidas em todo o mundo.

Origem


O primeiroDia Internacional da Mulher foi celebrado em 28 de Fevereiro de 1909nos Estados Unidos, por iniciativa do Partido Socialista da América, em memória da greve das operárias da indústria do vestuário de Nova York, em protesto contra as más condições de trabalho.
Em 1910, ocorreu a primeira conferência internacional de mulheres, em Copenhaga, dirigida pela Internacional Socialista, quando foi aprovada proposta da socialista alemã Clara Zetkin, de instituição de um dia internacional da Mulher, embora nenhuma data tivesse sido especificada.
No ano seguinte, o Dia Internacional da Mulher foi celebrado a 19 de Março, por mais de um milhão de pessoas, na Áustria,Dinamarca,Alemanha e Suíça.
Poucos dias depois, a 25 de Março de 1911, um incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist mataria 146 trabalhadores - a maioria costureiras. O número elevado de mortes foi atribuído às más condições de segurança do edifício. Este foi considerado como o pior incêndio da história deNova Iorque, até 11 de setembro de2001. Para Eva Blay, é provável que a morte das trabalhadoras daTriangle se tenha incorporado aoimaginário coletivo, de modo que esse episódio é, com frequência, erroneamente considerado como a origem do Dia Internacional da Mulher.
Em 1915Alexandra Kollontai organizou uma reunião em Christiania (atual Oslo), contra a guerra. Nesse mesmo ano, Clara Zetkin faz uma conferência sobre a mulher.
Na Rússia, as comemorações do Dia Internacional da Mulher foram o estopim da Revolução russa de 1917. Em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro pelo calendário juliano), a greve das operárias daindústria têxtil contra a fome, contra o czar Nicolau II e contra a participação do país na Primeira Guerra Mundial precipitou os acontecimentos que resultaram na Revolução de Fevereiro. Leon Trotsky assim registrou o evento:“Em 23 de fevereiro (8 de março nocalendário gregorianoestavam planejadas ações revolucionárias. Pela manhã, a despeito das diretivas, as operárias têxteis deixaram o trabalho de várias fábricas e enviaram delegadas para solicitarem sustentação da greve. Todas saíram às ruas e a greve foi de massas. Mas não imaginávamos que este ‘dia das mulheres’ viria a inaugurar a revolução”.


Na Tchecoslováquia, quando o país integrava oBloco Soviético (1948 -1989), a celebração era apoiada peloPartido Comunista. O MDŽ (Mezinárodní den žen, "Dia Internacional da Mulher" emcheco) era então usado como instrumento de propagandado partido, visando convencer as mulheres de que considerava as necessidades femininas ao formular políticas sociais. A celebração ritualística do partido no Dia Internacional da Mulher tornou-se estereotipada. A cada dia 8 de março, as mulheres ganhavam uma flor ou um presentinho do chefe. A data foi gradualmente ganhando um caráter de paródia e acabou sendo ridicularizada até mesmo no cinema e na televisão. Assim, o propósito original da celebração perdeu-se completamente. Após o colapso da União Soviética, o MDŽ foi rapidamente abandonado como mais um símbolo do antigo regime.
Após a Revolução de Outubro, a feministabolcheviqueAlexandra Kollontai persuadiu Lenin para torná-lo um dia oficial que, durante o período soviético, permaneceu como celebração da "heróica mulher trabalhadora". No entanto, o feriado rapidamente perderia a vertente política e tornar-se-ia uma ocasião em que os homens manifestavam simpatia ou amor pelas mulheres - uma mistura das festas ocidentais doDia das Mães e do Dia dos Namorados, com ofertas de prendas e flores, pelos homens às mulheres. O dia permanece como feriado oficial na Rússia, bem como naBielorrússiaMacedóniaMoldávia e Ucrânia.
No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado durante as décadas de 1910 e 1920. Posteriormente, a data caiu no esquecimento e só foi recuperada pelo movimento feminista, já nadécada de 1960, sendo, afinal, adotado pelas Nações Unidas, em 1977.
A poesia A importância da mulher de Antonio Marcos Pires é destaque e amplamente divulgada em todo Brasil.
Mulher Geradora da vida... guerreira, batalhadora ao mesmo tempo terna, meiga, dócil, carinhosa e companheira. Fonte de luz, incansável nos compromissos diários, Muitas vezes trabalha fora e ainda cuida da casa, dos filhos e do companheiro. Sempre com um sorriso no rosto, uma palavra de conforto e um brilho especial no olhar. Protegem a família, aconchegam os filhos nos braços, são mães, amantes, amigas e levam no corpo o segredo e a magia do Universo. A mulher está sempre presente no cotidiano de todo homem mãe, avó, tia, irmã, amiga, filha, professora ou companheira. Enfeitam o lar com um perfume suave de rosas envolvendo de forma poderosa a mente, o corpo e o coração do homem. Mulher benefício da vida, que dá sentido a existência, rega as plantas com amor, trabalha com seriedade e ainda tem no coração muita bondade e uma imensa sinceridade. Amam com a força do coração. E aquecem com o calor do sol! Importantes na construção do mundo, fundamentais para a formação do mundo. Mulher, eterno brilho que transforma o caminho de espinho em um oásis de paz!


OFeminismo é um discurso intelectualfilosófico e político que tem como meta direitos equânimes e uma vivência humana liberta de padrões opressores baseados em normas de gênero. Envolve diversos movimentos, teorias e filosofias advogando pelaigualdadepara homens e mulheres e a campanha pelos direitos das mulheres e seus interesses. De acordo com Maggie Humm eRebecca Walker, a história do feminismo pode ser dividida em três "ondas". A primeira teria ocorrido no século XIX e início do século XX, a segunda nas décadas de 1960 e 1970, e a terceira teria ido dadécada de 1990 até a atualidade. A teoria feminista surgiu destes movimentos femininos, e se manifesta em diversas disciplinas como a geografia feminista, ahistória feminista e a crítica literária feminista.
O feminismo alterou principalmente as perspectivas predominantes em diversas áreas da sociedade ocidental, que vão da cultura aodireito. As ativistas femininas fizeram campanhas pelos direitos legais das mulheres (direitos de contrato, direitos de propriedade, direitos ao voto), pelo direito da mulher à sua autonomia e à integridade de seu corpo, pelos direitos ao aborto e pelos direitos reprodutivos (incluindo o acesso à contracepção e a cuidados pré-natais de qualidade), pela proteção de mulheres e garotas contra aviolência doméstica, oassédio sexual e o estupro, pelos direitos trabalhistas, incluindo a licença-maternidade e salários iguais, e todas as outras formas de discriminação.
Durante a maior parte de sua história, a maior parte dos movimentos e teorias feministas tiveram líderes que eram principalmente mulheres brancas de classe média, da Europa Ocidental e da América do Norte. No entanto, desde pelo menos o discurso Sojourner Truth, feito em 1851 às feministas dos Estados Unidosmulheres de outras raças propuseram formas alternativas de feminismo. Esta tendência foi acelerada na década de 1960, com o movimento pelos direitos civis que surgiu nos Estados Unidos, e o colapso docolonialismo europeu na África, no Caribe e em partes daAmérica Latina e doSudeste Asiático. Desde então as mulheres nas antigas colônias europeias e no Terceiro Mundopropuseramfeminismos "pós-coloniais"- nas quais algumas postulantes, comoChandra Talpade Mohanty, criticam o feminismo tradicional ocidental como sendo etnocêntricoFeministas negras, comoAngela Davis e Alice Walker, compartilham este ponto de vista.
Desde a década de 1980, as feministas standpoint argumentaram que o feminismo deveria examinar como a experiência da mulher com a desigualdade se relaciona ao racismo, à homofobia, aoclassismo e àcolonização. No fim da década e início da década seguinte as feministas ditas pós-modernas argumentaram que ospapeis sociais dos gêneros seriam construídos socialmente, e que seria impossível generalizar as experiências das mulheres por todas as suas culturas e histórias.

Mulher de hoje



Apesar de ter seus direitos garantidos pela Constituição, a mulher brasileira sabe que ainda há muito a conquistar.
Só para ter idéia da importância das mulheres, basta saber que elas representam mais da metade da população brasileira. De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais -2007, a população brasileira em 2006 era de 187,2 milhões de habitantes. Desse total, 96 milhões eram mulheres.
O aumento da proporção de mulheres em relação a homens é uma tendência demográfica no Brasil, ou seja: a cada nova pesquisa, os resultados mostram que a população feminina tem aumentado cada vez mais em relação à masculina. O indicador demográfico que expressa essa proporção se chama razão de sexo; ele mostra o número de pessoas do sexo masculino para cada grupo de 100 pessoas do sexo feminino. Acompanhe no gráfico:
Fonte: IBGE, Síntese de Indicadores Sociais – 2007.
Como você pode observar, as Regiões Metropolitanas de São Paulo, Curitiba e Porto Alegre apresentaram a relação homem/mulher mais equilibrada, aproximadamente de 92 homens para cada 100 mulheres. As informações sobre as Regiões Metropolitanas do Rio de Janeiro, Salvador e Recife mostraram que, para cada 100 mulheres, tinham apenas entre 86 e 88,5 homens.
Outra tendência demográfica expressa na Síntese de Indicadores Sociais – 2007 é um processo de envelhecimento da população, ou seja, há menos crianças e jovens do que antes. A vida média ao nascer, entre 1996 e 2006, incrementou 3,5 anos, com as mulheres em situação bem mais favorável que a dos homens (72,3 para 75,8 anos, no caso das mulheres, e 65,1 para 68,7 anos, para os homens). O aumento da esperança de vida ao nascer em combinação com a queda da taxa de fecundidade resulta no aumento da população idosa – principalmente a feminina. Observe a pirâmide etária brasileira:
Fonte: IBGE, Síntese de Indicadores Sociais – 2007.
Em 2006, a taxa de fecundidade total (número médio de filhos que uma mulher teria ao final do seu período fértil) foi 2,0 filhos. Segundo a Síntese de Indicadores Sociais – 2007, a queda da taxa de fecundidade nas últimas décadas é uma tendência não só no Brasil: diversos países já atingiram valores bem abaixo do chamado nível de reposição natural da população, principalmente os europeus. Entre nossos vizinhos americanos, observamos o caso de Cuba, cuja taxa em 2005 era de 1,6 filho, contrastando com a Bolívia, com 3,7 filhos por mulher. A Argentina se encontra nos mesmos patamares que o Brasil.
Fonte: IBGE, Síntese de Indicadores Sociais – 2007.
Mulheres responsáveis por domicílios
Entre 1996 e 2006, o percentual de mulheres responsáveis pelos domicílios aumentou de 10,3 milhões para 18,5 milhões. Em termos relativos, esse aumento corresponde a uma variação de 79%, enquanto, neste período, o número de homens “chefes” de família aumentou 25%. A Síntese de Indicadores Sociais – 2007 nos mostra que o aumento da “chefia” feminina ocorreu principalmente nas famílias compostas por casal com ou sem filhos.
É interessante pensar em alguns fatores que influenciam o aumento do número de mulheres responsáveis pelo domicílio.
  • Maior participação das mulheres no mercado de trabalho e, conseqüentemente, maior contribuição para o rendimento da família:Entre 1996 e 2006, o nível de ocupação das mulheres aumentou quase 5 pontos percentuais, ao passo que para os homens ocorreu uma redução de cerca de 1 ponto percentual. Para as mulheres, o aumento nos níveis de ocupação foi maior no Sudeste e na categoria de 40 a 49 anos de idade.
  • A alta expectativa de vida da mulher em algumas cidades ou regiões: A mulher assume a liderança da casa após a morte do companheiro. Isto contribui para o aumento do número de mulheres que moram sozinhas. Segundo a Síntese de Indicadores Sociais – 2007, 26,7% das mulheres responsáveis por domicílios têm 60 anos ou mais de idade.
  • Casamentos desfeitos: A mulher, separada do marido, torna-se responsável pelo domicílio sozinha ou com os filhos. Entre os diversos tipos de estrutura familiar, a maior proporção de mulheres “chefes” encontrava-se em famílias que não contavam com a presença do marido e todos os filhos tinham 14 anos ou mais de idade (29,4%).
  • Homens que migram: de seu estado ou região em busca de emprego ou por outros motivos.
  • Aspectos culturais: As mulheres que valorizam a autonomia, independência e busca profissional muitas vezes preferem morar sozinhas. É simplesmente uma opção, uma questão de ponto de vista.
Participação no mercado de trabalho
Segundo a última Síntese de Indicadores Sociais, a maior participação das mulheres no mercado de trabalho tem se concentrado em quatro grandes categorias ocupacionais que, juntas, compreendem cerca de 70% da mão de obra feminina: serviços em geral (30,7%); trabalho agrícola (15%); serviços administrativos (11,8%); e comércio (11,8%).
Existem diferenças entre Grandes Regiões. Em 2006, a participação feminina nos serviços foi maior na Região Centro-Oeste (36%); no Nordeste, 26,6% das mulheres eram trabalhadoras agrícolas; o serviço administrativo, por sua vez, foi mais expressivo para as trabalhadoras do Sudeste; e as atividades de comércio absorviam 15,5% das mulheres ocupadas no Norte.
Para as mulheres ocupadas mais escolarizadas, com média de 12 anos de estudo ou mais, a inserção no mercado de trabalho é mais intensa nas atividades de educação, saúde e serviços sociais (44,5%). No Norte, essas atividades absorvem 53% da mão-de-obra feminina mais qualificada. As outras atividades e a administração pública também concentram boa parte da mão-de-obra feminina qualificada: 14,9% e 11,2%, respectivamente. No Centro-Oeste, provavelmente pela presença da Capital Federal, observa-se a maior concentração de mulheres na administração pública (20%).
Educação
Nas áreas urbanas, a escolaridade média das mulheres é de 7,4 anos para a população total e de 8,9 anos para as ocupadas. No Brasil rural, a situação é bem diferente. Essas médias são baixas: 4,5 anos e 4,7 anos, respectivamente.
As áreas metropolitanas apresentam as maiores médias de anos de estudo. No Distrito Federal, a escolaridade média das mulheres ocupadas é a mais elevada (10,4 anos). Por outro lado, a menor média observada foi nas áreas rurais de Piauí e Alagoas (3,2 anos), ou seja, nessas áreas as mulheres que estão ocupadas podem ser consideradas analfabetas funcionais e inseridas em trabalhos precários.
Acompanhe a tabela abaixo:
Fonte: IBGE, Síntese de Indicadores Sociais – 2007.
As mulheres também estão à frente quando o assunto é ensino superior e a tendência é ao aumento da qualificação da parcela feminina da população brasileira. Em 1996, do conjunto das pessoas que freqüentavam estabelecimentos de ensino superior, a proporção de mulheres era de 55,3%, passando para 57,5%, em 2006. Isto mostra que os homens estão perdendo espaço no processo de escolarização, pelo menos, no que tange a taxa de escolarização superior.
A MULHER NA VIDA SOCIAL DO MUNDO 

São Josemaría Escrivá *


É cada vez maior a presença da mulher na vida social, para além do âmbito familiar em que ela até agora se movia quase exclusivamente. Quais as características gerais que a mulher deve vir a ter para cumprir sua missão ?
Em primeiro lugar, parece-me oportuno não contrapor esses dois âmbitos. Tanto como na vida do homem, ainda que com matizes muito peculiares, o lar e a família ocuparão sempre um lugar central na vida da mulher: é evidente que a dedicação aos afazeres familiares representa uma grande função humana e cristã. Isto, porém, não exclui a possibilidade de uma ocupação em outros trabalhos profissionais - o do lar também o é - , em qualquer dos ofícios e empregos nobres que há na sociedade em que se vive. Logo se vê o que se quer dizer quando se equaciona o problema assim; contudo, eu penso que insistir na contraposição sistemática - mudando apenas a tônica - levaria facilmente, do ponto de vista social, a um equívoco maior do que aquele que se tenta corrigir, pois seria mais grave que a mulher abandonasse o seu trabalho em casa.
No plano pessoal, também não se pode afirmar unilateralmente que a mulher só fora do lar alcança sua perfeição, como se o tempo dedicado à família fosse um tempo roubado ao desenvolvimento e à maturidade da sua personalidade. O lar - seja qual for, porque também a mulher solteira deve ter um lar - é um âmbito particularmente propício ao desenvolvimento da personalidade. A atenção prestada à família será sempre para a mulher a sua maior dignidade: no cuidado com o marido e os filhos ou, para falar em termos mais gerais, no trabalho como que procura criar em torno de si um ambiente acolhedor e formativo, a mulher realiza o que há de mais insubstituível em sua missão e, por conseguinte, pode atingir aí sua perfeição pessoal.

Como acabo de dizer, isso não se opõe à participação em outros aspectos da vida social e mesmo da política, por exemplo. Também nesses setores pode a mulher dar uma valiosa contribuição, como pessoa, e sempre com as peculiaridades de sua condição feminina; e assim o fará na medida em que estiver humana e profissionalmente preparada. É claro que tanto a família quanto a sociedade necessitam dessa contribuição especial, que não é de modo algum secundária.
Desenvolvimento, maturidade, emancipação da mulher, não devem significar uma pretensão de igualdade - de uniformidade - com o homem, uma imitação do modo de atuar masculino: isso seria um logro, seria uma perda para a mulher; não porque ela seja mais, mas porque é diferente. Num plano essencial - que deve ser objeto de reconhecimento jurídico, tanto no direito civil como no eclesiástico -, aí, sim, pode-se falar de igualdade de direitos, porque a mulher tem, exatamente como homem, a dignidade de pessoa e de filha de Deus. Mas, partir dessa igualdade fundamental, cada um deve atingir o que lhe é próprio; e, neste plano, dizer emancipação é o mesmo que dizer possibilidade real de desenvolver plenamente as virtualidades próprias: as que têm em sua singularidade e as que tem como mulher. A igualdade perante o direito, a igualdade de oportunidades em face da lei, não suprime, antes pressupõe e promove essa diversidade, que é riqueza para todos.
A mulher está destinada a levar à família, à sociedade civil, à Igreja, algo de característico, que lhe é próprio e que só ela pode dar: sua delicada ternura, sua generosidade incansável, seu amor pelo concreto, sua agudeza de engenho, sua capacidade de intuição, sua piedade profunda e simples, sua tenacidade... A feminilidade não é autêntica se não reconhece a formosura dessa contribuição insubstituível, e se não a insere na própria vida. 
Para cumprir essa missão, a mulher tem de desenvolver sua própria personalidade, sem se deixar levar por um ingênuo espírito de imitação que - em geral - a situaria facilmente num plano de inferioridade, impedindo-lhe a realização das suas possibilidades mais originais. Se se forma bem, com autonomia pessoal, com autenticidade, realizará eficazmente o seu trabalho, a missão para que se sente chamada, seja qual for: sua vida e trabalho serão realmente construtivos e fecundos, cheios de sentido, que passe o dia dedicada ao marido e aos filhos, que se entregue plenamente a outras tarefas, se renunciou ao casamento por alguma razão nobre. Cada uma em seu próprio caminho, sendo fiel à vocação humana e divina, pode realizar e realiza de fato a plenitude da personalidade feminina. Não esquecemos que Santa Maria, Mãe de Deus e Mãe dos homens, é não apenas modelo, mas também prova do valor transcendente que pode alcançar uma vida aparentemente sem relevo.

Relançamento da Página da UBM marca nova forma de comunicação da entidade .

Evento acontece no momento em que cresce o protagonismo das mulheres no Brasil

No relançamento do site oficial da União Brasileira de Mulheres (UBM), ocorrido no último dia 27 de agosto, diversas lideranças feministas e do movimento de mulheres foram conferir o novo projeto de comunicação da entidade. As presenças de representantes da direção nacional da Entidade, da coordenadora da UBM do Estado de São Paulo, Rozina Conceição de Jesus, da Coordenadora da UBM do Paraná, Doris Margareth de Jesus, da secretária de Relações Internacionais da Federação Democrática Internacional das Mulheres (FDIM), Liège Rocha, mostraram que o movimento feminista, por meio do site, terá um grande avanço. Além da ampliação do seu diálogo com a sociedade, poderá contribuir com a superação de preconceitos e discriminação, pois atuará trazendo com informações com esta finalidade. Este foi o foco da atividade que contou ainda com um coquetel oferecido pela UBM.

A coordenadora da UBM, Elza Maria Campos, ressaltou a importância da comunicação progressista em contraponto à ditadura midiática. Segundo ela, a página da entidade deverá constituir-se em mais um espaço de luta e de veiculação de notas, artigos, informações de interesse do movimento feminista e do movimento social. “É uma grande satisfação realizar o relançamento da página em um momento que cresce o protagonismo das mulheres no Brasil com a possibilidade concreta de eleger a primeira presidenta do Brasil (Dilma Roussef), que tem uma história marcada pela luta e pela defesa de seu povo”, declarou.

Elza lembrou que os 22 anos de história da UBM - que nasceu em agosto de 1988 com a participação de mais de 1200 mulheres, - são marcados pelo sonho de construir um mundo de igualdade contra toda opressão, slogan que continua vivo e atual. “A história da Entidade é marcada pelo fortalecimento da corrente emancipacionista que entende a opressão da mulher entrelaçada pela opressão de classe e de gênero, e que ainda pesa sobre as mulheres a discriminação de raça, etnia, geracional e de orientação sexual”, destacou.

O criador do site, o publicitário Bezerra, mostrou aos presentes o novo projeto. Fez a demonstração dos recursos e possibilidades, além de apresentar as ferramentas disponíveis para a publicação de matérias e outros documentos de interesse da Entidade.

Além das representações do movimento feminista e de mulheres estiveram presentes no evento o jornalista do Portal vermelho, Andre Cintra, o presidente interino da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nivaldo Santana, e o Secretário de Imprensa e Comunicação da central, Eduardo Navarro, além de representantes de diversos movimentos sociais.

Ações da UBM - Entre as campanhas e manifestos realizados pela entidade em defesa de um Estado democrático, pelos direitos sociais e políticos e das mulheres, estão: “Igualdade na lei e na vida”, “Por trabalho igual e salário igual”, “Nenhum direito a menos, alguns direitos a mais”, “Creches como um direito das mulheres e da criança”, “Quem ama não mata, não humilha, não maltrata”, “Pela Valorização do Trabalho da Mulher e com Carteira assinada”, “Aborto: a mulher decide, a sociedade respeita e o Estado garante”, “Sem as mulheres no poder, a democracia está pela metade”, entre outras.